O escritório Snøhetta divulgou uma proposta para o primeiro restaurante submerso da Europa, localizado na aldeia costeira de Båly, na Noruega. A estrutura, que também abriga um centro de pesquisa de vida marinha, se localiza na margem de um afloramento rochoso, semi-submerso no oceano. Construída em concreto, a estrutura monolítica se apoiará no fundo do mar, cinco metros abaixo da superfície da água; lá, ele se fundirá com o ecossistema litorâneo. Abaixo da linha de água, as enormes janelas do restaurante oferecerão vistas para o fundo do mar.
A forma elegante e aerodinâmica do edifício é encapsulada em uma concha de concreto com uma superfície grosseira que convida os mexilhões a nela se prenderem. Ao longo do tempo, na medida em que a comunidade de moluscos se densifica, o monólito submerso se tornará um recife de mexilhões artificial que serve tanto para enxaguar o mar como para atrair naturalmente mais vida marinha para suas águas purificadas.
De acordo com os arquitetos, partes do edifício serão dedicadas a uma pesquisa de biologia marinha fora do horário de funcionamento do restaurante. "Pesquisadores de centros de pesquisa noruegueses buscam treinar peixes silvestres com sinais sonoros e estudarão se estes se comportam de forma diferente ao longo das diferentes estações". Os pesquisadores também ajudarão a otimizar as condições do fundo do mar para que peixes e mariscos possam prosperar na proximidade do edifício.
À medida que os visitantes começam sua jornada pelo restaurante, eles descem três níveis. Na entrada os clientes passam pela área de chapelaria. Os visitantes são, então, conduzidos ao nível do bar, que marca a transição entre o litoral e o oceano. Do bar, os clientes já podem ter uma vista para o fundo do mar, onde duas longas mesas de jantar e várias mesas menores são colocadas em frente à grande janela panorâmica.